domingo, 5 de dezembro de 2010

Porque cães não vivem tanto quanto as pessoas


Sou veterinário, e fui chamado para examinar um cão da raça wolfhound irlandês chamado Belker. Os proprietários do animal, Ron, sua esposa Lisa, e seu garotinho Shane, eram todos muito ligados a Belker e esperavam por um milagre. Examinei Belker e descobri que ele estava morrendo de câncer. Eu disse à família que não haveria milagres no caso de Belker, e me ofereci para proceder a eutanásia para o velho cão em sua casa.
Enquanto fazíamos os arranjos, Ron e Lisa me contaram que estavam pensando se não seria bom deixar que
Shane, de quatro anos de idade, observasse o procedimento. Eles achavam que Shane poderia aprender algo da experiência.
No dia seguinte, eu senti o familiar aperto na garganta enquanto a família de Belker o rodeava. Shane parecia tão calmo, acariciando o velho cão pela última vez, que eu imaginei se ele entendia o que estava se passando.
Dentro de poucos minutos, Belker foi-se, pacificamente .
O garotinho parecia aceitar a transição de Belker sem dificuldade ou confusão.
Nós nos sentamos juntos um pouco após a morte de Belker, pensando alto sobre o triste fato da vida dos animais serem mais curtas que as dos seres humanos.
Shane, que tinha estado escutando silenciosamente, saltou:
- Eu sei porque.
Abismados, nós nos voltamos para ele. O que saiu de sua boca me assombrou.
Eu nunca ouvira uma explicação mais reconfortante. Ele disse:
- As pessoas nascem para que possam aprender a ter uma boa vida, como amar todo mundo todo o tempo e ser bom, certo? - o garoto de quatro anos continuou - "Bem, cães já nascem sabendo como fazer isto, portanto não precisam ficar por tanto tempo."
(Desconheço a autoria)

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